Particularmente tenho uma certa ‘sorte’ filha da puta com telefones. Especificamente orelhões e celulares. Especialmente quando eu preciso muito falar com alguém.
Outro dia andei por dois bairros procurando um orelhão que funcionasse e até onde consegui contar, me lembro de tentar sete telefones públicos.
Fui até o primeiro orelhão, e só quando cheguei bem perto, reparei que estava quebrado. Lembrei de outro uns metros à frente. Chegando ao dito cujo, para minha felicidade instantânea e passageira ele funcionava, mas depois que a pessoa do outro lado da linha atendeu, eu fui perceber que a merda do telefone estava com a parte em que você fala (não sei nomes técnicos de peças telefônicas) estragada, ou seja: a pessoa não me ouvia (não sei o porquê, mas minha telepatia – e o misto de esperança e culpa católica que as pessoas chamam de fé — também falham nesses momentos).
Pensei comigo mesmo: “Ah! Daqui duas ruas tem mais um”, e mais uma vez fui na esperança patética de encontrar um orelhão que simplesmente faça ligações locais. De duas em duas ruas, acabei atravessando alguns quarteirões e seguindo até onde a paciência me deixou ir. Continuei na missão até perceber que minha paciência tem a extensão de dois bairros.
O mesmo acontece com meu celular: Me pergunto se minha paciência com ele é maior do que a visão dele sendo quebrado no chão. Apesar de a idéia me agradar, sei que não tenho dinheiro saindo pelos poros pra comprar outro nesse momento.
Aí para fazer o papel de rogado, ponho metade da culpa no celular (que é da BenqSiemens a pior marca do planeta, que não oferece assistência técnica aos clientes e que descaradamente chama de trouxa quem compra seus produtos) e a outra na operadora (Claro que tinha que ser a Claro!— trocadilho horrível, assumo, porém pior que isso é que esquecem de mencionar que além de ser a maior operadora é também a pior: Eles têm que aprender que não adianta o celular ter área se a rede está SEMPRE indisponível). Dessa forma não julgo o todo pela parte, julgo o todo pela grande merda que ele se revela ser.
Vários amigos já me disseram que ligam no meu celular, que ele inclusive chama, mas ninguém atende, enquanto, na verdade, ele sequer chega a tocar no horário em que eles ligaram. Até desconfiaria que todos eles viraram mentirosos patológicos, se não fosse o fato de às vezes ele tocar e quando eu aperto o botão para atender, ele simplesmente não atende; continua tocando como se eu não tivesse atendido (independente da força usada para apertar o botão).
Na verdade tudo isso é falta de sorte com telefones públicos e celulares, e é também uma indignação com as empresas que prestam esses tipos de serviço e com as que fazem esses produtos, mas principalmente por serem a desculpa usada por quem eu quero que me ligue não ligar.
sábado, 21 de março de 2009
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