sábado, 21 de março de 2009

Filhadaputice e 'sorte' com telefones

Particularmente tenho uma certa ‘sorte’ filha da puta com telefones. Especificamente orelhões e celulares. Especialmente quando eu preciso muito falar com alguém.
Outro dia andei por dois bairros procurando um orelhão que funcionasse e até onde consegui contar, me lembro de tentar sete telefones públicos.
Fui até o primeiro orelhão, e só quando cheguei bem perto, reparei que estava quebrado. Lembrei de outro uns metros à frente. Chegando ao dito cujo, para minha felicidade instantânea e passageira ele funcionava, mas depois que a pessoa do outro lado da linha atendeu, eu fui perceber que a merda do telefone estava com a parte em que você fala (não sei nomes técnicos de peças telefônicas) estragada, ou seja: a pessoa não me ouvia (não sei o porquê, mas minha telepatia – e o misto de esperança e culpa católica que as pessoas chamam de fé — também falham nesses momentos).
Pensei comigo mesmo: “Ah! Daqui duas ruas tem mais um”, e mais uma vez fui na esperança patética de encontrar um orelhão que simplesmente faça ligações locais. De duas em duas ruas, acabei atravessando alguns quarteirões e seguindo até onde a paciência me deixou ir. Continuei na missão até perceber que minha paciência tem a extensão de dois bairros.
O mesmo acontece com meu celular: Me pergunto se minha paciência com ele é maior do que a visão dele sendo quebrado no chão. Apesar de a idéia me agradar, sei que não tenho dinheiro saindo pelos poros pra comprar outro nesse momento.
Aí para fazer o papel de rogado, ponho metade da culpa no celular (que é da BenqSiemens a pior marca do planeta, que não oferece assistência técnica aos clientes e que descaradamente chama de trouxa quem compra seus produtos) e a outra na operadora (Claro que tinha que ser a Claro!— trocadilho horrível, assumo, porém pior que isso é que esquecem de mencionar que além de ser a maior operadora é também a pior: Eles têm que aprender que não adianta o celular ter área se a rede está SEMPRE indisponível). Dessa forma não julgo o todo pela parte, julgo o todo pela grande merda que ele se revela ser.
Vários amigos já me disseram que ligam no meu celular, que ele inclusive chama, mas ninguém atende, enquanto, na verdade, ele sequer chega a tocar no horário em que eles ligaram. Até desconfiaria que todos eles viraram mentirosos patológicos, se não fosse o fato de às vezes ele tocar e quando eu aperto o botão para atender, ele simplesmente não atende; continua tocando como se eu não tivesse atendido (independente da força usada para apertar o botão).
Na verdade tudo isso é falta de sorte com telefones públicos e celulares, e é também uma indignação com as empresas que prestam esses tipos de serviço e com as que fazem esses produtos, mas principalmente por serem a desculpa usada por quem eu quero que me ligue não ligar.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

:::Isabel:::

Era sempre tão sozinha

Que já não lembra desde quando foi tão só

E nem em qual dia se esqueceu

Que já viveu tempo demais

Em um sonho que nunca foi seu

Eram só tardes vazias

Que hoje esperam no mesmo canto

De poesias nunca escritas

Que falavam sobre

Se perder pra achar alguém

Se perder pra achar alguém

Se perder pra achar alguém

Eram só tardes vazias

Longas esperas no portão

Por alguém que nunca veio...

A três mãos

Achei que o erro era verdade

Tornei verdade o que achei

Sou sincero, mentira, verdade

No fundo já não me importo

Pois o erro poderia ser acerto

A verdade descartada

Como todo o resto

Todo o resto de respostas em meias palavras

Aliado a tudo que permanece intacto

Logo após o momento

Em que eu senti mais intenso

E por isso resolvi pedir perdão

Estou aqui ausente, presente

Vou quebrar o violão

Rasgar as palavras

Desafinar a vida

Todas as vidas

Fazer de tudo uma grande mentira

Se é que já não é

Se é que já não foi

Se é quem já não sou

E talvez nunca fui

Nunca passei pelo momento

Que ecoa dentro da minha cabeça

Como uma voz possante

Como um corpo de alma, músculo e sexo

Como o perigo do incerto

Achei que era mentira

Tornei mentiras minhas verdades

Meu corpo nu ecoa verdade

Rasgue meu corpo

Veja o que está dentro de mim

E saberá porque me prendo dentro dele

Dele, que guarda as verdades e mentiras

As farsas e fantasias

Tudo que já fui um dia

Talvez o que mais amo ou o que mais odeio

Mas sem dúvida eu escolhi

Por viver, matar ou morrer

Acreditar ou em esquivar

Partir ou andar, me encorajar ou amedrontar

Sem me distrair

Mantendo sempre o que busquei

Atravessei paredes. Caí

Quebrei um braço, um rosto

E rapidamente me consertei

Agora vou e se você quiser posso voltar

Se você quiser posso continuar

No mesmo passo

Com seus passos

Sem me importar se faço o certo

Sem me importar com as coisas que carrego

Sem me importar comigo mesmo

Pois agora sei o que me feri, o que me curta

É você

Mas não me importo

Pois agora sei que você e eu

Somos a mesma coisa.

::Fragmentos de uma rotina::

Uma parte de você chegou em casa

Outra parte arruma as malas

Uma parte olha as horas

Outra se pergunta até quando vai agüentar

Uma se acomoda,

A outra vaga estrada afora

Uma parte se pergunta

Quantos passos vai andar?

Quantos cacos vai juntar?

Quanta gente vai pelo mesmo caminho e não consegue voltar?

Quantos sonhos terão que terminar?

Quantos vãos pra escapar

Ainda vão restar?

:::Palavras cegas:::

Você me diz palavras cegas

Com os mesmos olhos frios

De quem cumpre formalidades

Com os mesmo olhos calados que escondem a verdade

Você me diz palavras belas

Que se perdem por si só

Apodrecem sem amadurecer

Sem saber como seriam se não estivessem espalhadas

Pelos vãos nas tuas falas

Você me diz palavras cegas

Sem saber o que diz

Você sempre deixa a porta aberta

Como quem não se importa em voltar.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

domingo, 27 de abril de 2008

Questão

Se é questão de confessar, não dou a mínima pra porra do futebol
Mal sei distinguir um pálio de um corsa
E não consigo me importar com pessoas que não sejam interessantes sob o meu ponto de vista
Se é questão de admitir, não choro há anos
tenho ódio platônico de algumas pessoas e, em certos momentos, gosto de me imaginar longe daqui
Jogo mal qualquer tipo de jogo, até mesmo "ache-o-par" com meio baralho
E para ser mais franco, ainda tenho um sentimento de posse sobre ex-namoradas
o que talvez me limite, junto com outros fatores, a não me envolver com mais ninguém
Sou egoísta
e não me importo com o que pensem sobre isso
Sempre participei de joguinhos que eram propostos nos relacionamentos
E agora estou cansado.
Cansado de jogar jogos que nunca posso ganhar.